Queda na expectativa de vida dificulta aposentadoria

Estudo divulgado recentemente pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) revelou que a pandemia da Covid-19 reduziu a expectativa de vida do brasileiro de 77 para 75 anos no ano passado. A pesquisa, realizada em parceria com as universidades de Harvard, Princeton e da Universidade do Sul da Califórnia, todas dos Estados Unidos, aponta que a crise sanitária interrompeu uma alta da expectativa de vida no País observada desde os anos 1940, na qual o índice cresceu em média cinco meses a cada ano.

Segundo especialistas, a redução deve tornar mais difícil algo que já é um desafio para os brasileiros: planejar a aposentadoria. Isso porque o aumento da mortalidade interfere em cálculos do benefício que levam em conta o fator previdenciário. Outro desafio é manter a contribuição previdenciária em dia e preservar o direito aos auxílios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Conforme os especialistas, a crise sanitária também tem dificultado com que os segurados mantenham as contribuições ao INSS em dia por conta do aumento do desemprego. Estudo divulgado na última semana pela agência classificadora de risco Austin Rating, a partir de dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), previu que o Brasil deve registrar a 14ª maior taxa de desocupação entre 100 países do globo ao alcançar o percentual de 14,5%. Caso a previsão seja confirmada, o País irá subir oito posições no ranking em relação a 2020.

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A qualidade de segurado, ou seja, o direito de contar com os benefícios do INSS, depende da regularidade dos recolhimentos mensais para a Previdência Social. Os trabalhadores assalariados sofrem o desconto automático na folha de pagamento. No caso dos trabalhadores sem carteira assinada ou de segurados sem atividade remunerada, é possível efetuar a contribuição de forma facultativa.

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Em regra geral, os segurados podem ficar sem contribuir por até 12 meses sem perder a qualidade. Entretanto, o prazo é de apenas seis meses para trabalhadores que efetuam a contribuição na categoria facultativo.

Para recuperar a qualidade de segurado, é necessário que as contribuições sejam retomadas e que seja cumprido um tempo de carência. O período varia conforme o benefício em questão. São necessários dez meses para o salário-maternidade, 12 meses para o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez, 24 meses para o auxílio-reclusão e 180 meses para a aposentadoria por idade.

(* Com informações do DGBAC – Leia mais aqui


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