No dia do aposentado, cortes na Previdência

Do blog de Leonardo Sakamoto

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou R$ 988,03 milhões em recursos que estavam destinados ao INSS. A decisão, tomada na última sexta (21), foi publicada nesta segunda (24). Celebra-se, nesta data, não apenas o Dia Nacional do Aposentado, mas também o 99º aniversário da Previdência Social no Brasil.

O Ministério do Trabalho e Previdência, chefiado por Onyx Lorenzoni, pasta à qual o INSS está vinculado, sofreu o maior corte entre todas, com cerca de R$ 1 bilhão. Outras áreas, como a fiscalização trabalhista, também sofreram vetos.

O Congresso Nacional havia aprovado R$ 1,337 bilhão à “administração da unidade”, que inclui a manutenção das unidades e gerências do INSS, responsáveis pelo atendimento a aposentados e pensionistas. Bolsonaro cortou R$ 709,84 milhões, restando R$ 628,06 milhões – número que é menor do que a proposta orçamentária original do governo de R$ 736,54 milhões.

A coluna ouviu fontes no próprio governo que afirmaram que o INSS não será capaz de tocar a sua máquina com esse valor aprovado, uma vez que o custeio das agências é grande, ainda mais com a necessidade de reduzir a fila de espera. Com isso, deve passar o ano implorando por suplementação orçamentária.

Leia: injustiça contra aposentados

De acordo com Vilson Antonio Romero, presidente da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal (Anfip), que também representa os auditores do INSS, o corte levará a uma piora no serviço fornecido à população. “

“Todo e qualquer corte no orçamento, que já é enxuto, prejudica. Vamos ter uma maior demora para os trabalhadores da cidade e do campo em perícias médicas, em análises de pedidos de aposentadoria, no atendimento que já foi agravado pela pandemia”, avaliou à coluna.


(* Para mais informações, leia aqui )


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