Mais idosos estão acima do peso
Pesquisa aponta aumento de excesso de peso e obesidade em idosos brasileiros
O número de idosos obesos e com sobrepeso entre 2006 e 2019 cresceu, o que colocar em risco a saúde e a longevidade.
Levantamento faz parte de um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Acesse o estudo da UFMG aqui
Conduzido pela nutricionista mineira Laura Cordeiro, o levantamento mostrou que, nesse público, a prevalência de sobrepeso aumentou de 53% para 61,4%, e a prevalência de obesidade, de 16,1% para 23% no intervalo. Para quem já tem idade avançada, o excesso de peso pode representar elevação nos riscos de problemas como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto, além de limitar a locomoção, o que pode prejudicar ainda mais essa população.
O estudo identificou o aumento de sobrepeso e casos de obesidade em todos os grupos socioeconômicos analisados. Em relação à obesidade em idosos, as maiores taxas foram observadas nas mulheres (23,6%) e nas pessoas com idade entre 60 e 69 anos (23,7%).
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Perda de mobilidade afeta a mente
A obesidade na terceira idade – mais idosos acima do peso – pode limitar a autonomia dessa população e ser crucial para o surgimento de uma geração cada vez mais dependente, alerta Patrícia Campos Gomes, educadora física especializada em idosos.
“Um dos fatores mais importantes para se preservar na terceira idade é a independência, o quanto o idoso consegue fazer as coisas sozinho. Se essas doenças vão surgindo cada vez mais, e a obesidade também causa um problema de mobilidade, podemos ter um aumento de pessoas que não conseguem se locomover, sair de casa. E, com isso, a saúde mental é muito abalada”, explica.
“É uma via de mão dupla. A ansiedade e a depressão podem levar ao sedentarismo e ao transtorno alimentar e também causar obesidade. Uma pessoa assim, consequentemente, vai perdendo a capacidade de sair, se locomover, o que agrava o quadro emocional”,